Com mais torque em baixas e médias rotações, a nova Suzuki GSX-R 750 está mais forte e controlável
Ao contrário da maioria das esportivas, que sempre ostentam alguma redução de peso, a nova Suzi ganhou peso. Sem combustível, óleo e outros fluidos, engordou de 163 kg para 167kg. Isso porque ganhou um catalisador maior antes da ponteira de escapamento. Apesar das melhorias e reduções de peso em peças móveis como as válvulas, o motor manteve a potência de 150 cv. Se você é fascinado por performance, saiba que uma preparação simples, como a troca do escapamento descartando o catalisador (para uso em pista, claro) já renderia alguns cavalos a mais.
Não se trata de uma motocicleta totalmente nova, mas que passou por melhorias como o sistema delimitação de potência S-DMS (Suzuki Drive Mode Selector), antes presente nas GSX-R 1000, da Hayabusa e da B-King. O sistema permite escolher entre três modos: quem ainda não se sente seguro com a moto pode optar pelo "C", que limita o desempenho e torna o motor mais manso, útil também para pista escorregadia; a opção "B" melhora o desempenho, mantendo alguma limitação principalmente em baixa rotação; já para ralar o joelho nas curvas, acione a posição "A" e seja feliz.
As pedaleiras, aliás, podem ser ajustadas na base e com isso o piloto pode se adequar às curvas mais radicais. E o banco chega a ser macio para uma superesportiva, até confortável perto de uma CBR 600, mas, claro, não tenha esperanças de levar a garupa com alguma mordomia. Para ela resta apenas uma fina cama de espuma e muita emoção. Já tinha testado a maioria das 1000cc na pista de Almeria, Yamaha R1, CBR 1000RR, Ducati 1098S, KTM RC 8R, KawasakiZX-10 e logo depois peguei a nova SRAD 750. Para a surpresa de quem assistia ao teste, fui mais rápido com a 750! Com as 1000 entrava lançado nas curvas controlando a roda traseira para não desgarrar, brigando para mantê-las no trilho. Subi na 750 e logo senti a entrega de potência mais linear, sem tanta brutalidade, o que ajuda afazer o traçado com perfeição. E não falta motor, como acontece com algumas 600. Eu me sentia um piloto de competição, usava a zebra da esquerda para a direita.
Nas últimas voltas na pista de Almeria já tinha a moto tão sob controle que buscava tempos cada vez mais baixos. Enquanto as 1000 exigem sempre respeito, minha evolução com a 750 era maior. Em relação às 600, que também experimentei no circuito, ela dá um "tchau" e o motor ganha vigor com as rotações bem mais rápido, em todas as marchas. Nas reduções bruscas, a embreagem anti-travante permite abusar mais e, assim como na CBR 1000RR, é mais difícil o travamento roda traseira com o freio motor. Significa usar mais o freio dianteiro sabendo que a roda traseira permanecerá no traçado coordenado pela dianteira. O novo amortecedor de direção, agora eletrodráulico, aumenta a compressão conforme a velocidade sobe. Com isso, a frente fica mais firme permitindo uma tocada ainda mais radical.
O resultado é que em nenhum momento tive problema de perda de estabilidade. Entre as motocicletas japonesas de quatro cilindros, a nova GSX-R 750 é a mais equilibrada. Não falta potência para ver o velocímetro chegar rápido a 280 km/h, ou acelerar de 0 a 100 em menos de 4 segundos.
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Ao contrário da maioria das esportivas, que sempre ostentam alguma redução de peso, a nova Suzi ganhou peso. Sem combustível, óleo e outros fluidos, engordou de 163 kg para 167kg. Isso porque ganhou um catalisador maior antes da ponteira de escapamento. Apesar das melhorias e reduções de peso em peças móveis como as válvulas, o motor manteve a potência de 150 cv. Se você é fascinado por performance, saiba que uma preparação simples, como a troca do escapamento descartando o catalisador (para uso em pista, claro) já renderia alguns cavalos a mais.
Não se trata de uma motocicleta totalmente nova, mas que passou por melhorias como o sistema delimitação de potência S-DMS (Suzuki Drive Mode Selector), antes presente nas GSX-R 1000, da Hayabusa e da B-King. O sistema permite escolher entre três modos: quem ainda não se sente seguro com a moto pode optar pelo "C", que limita o desempenho e torna o motor mais manso, útil também para pista escorregadia; a opção "B" melhora o desempenho, mantendo alguma limitação principalmente em baixa rotação; já para ralar o joelho nas curvas, acione a posição "A" e seja feliz.
As pedaleiras, aliás, podem ser ajustadas na base e com isso o piloto pode se adequar às curvas mais radicais. E o banco chega a ser macio para uma superesportiva, até confortável perto de uma CBR 600, mas, claro, não tenha esperanças de levar a garupa com alguma mordomia. Para ela resta apenas uma fina cama de espuma e muita emoção. Já tinha testado a maioria das 1000cc na pista de Almeria, Yamaha R1, CBR 1000RR, Ducati 1098S, KTM RC 8R, KawasakiZX-10 e logo depois peguei a nova SRAD 750. Para a surpresa de quem assistia ao teste, fui mais rápido com a 750! Com as 1000 entrava lançado nas curvas controlando a roda traseira para não desgarrar, brigando para mantê-las no trilho. Subi na 750 e logo senti a entrega de potência mais linear, sem tanta brutalidade, o que ajuda afazer o traçado com perfeição. E não falta motor, como acontece com algumas 600. Eu me sentia um piloto de competição, usava a zebra da esquerda para a direita.
Nas últimas voltas na pista de Almeria já tinha a moto tão sob controle que buscava tempos cada vez mais baixos. Enquanto as 1000 exigem sempre respeito, minha evolução com a 750 era maior. Em relação às 600, que também experimentei no circuito, ela dá um "tchau" e o motor ganha vigor com as rotações bem mais rápido, em todas as marchas. Nas reduções bruscas, a embreagem anti-travante permite abusar mais e, assim como na CBR 1000RR, é mais difícil o travamento roda traseira com o freio motor. Significa usar mais o freio dianteiro sabendo que a roda traseira permanecerá no traçado coordenado pela dianteira. O novo amortecedor de direção, agora eletrodráulico, aumenta a compressão conforme a velocidade sobe. Com isso, a frente fica mais firme permitindo uma tocada ainda mais radical.
O resultado é que em nenhum momento tive problema de perda de estabilidade. Entre as motocicletas japonesas de quatro cilindros, a nova GSX-R 750 é a mais equilibrada. Não falta potência para ver o velocímetro chegar rápido a 280 km/h, ou acelerar de 0 a 100 em menos de 4 segundos.